OS DIÁRIOS DO CANCRO, publicados pela primeira vez em 1980, são um relato íntimo da luta para ultrapassar o cancro da mama e uma mastectomia radical. Frente à possibilidade da morte, à imobilidade do medo e da dor física, Audre Lorde confronta o silêncio em torno do cancro, da doença e da experiência vivida pelas mulheres. Questionando as regras de conformidade em torno do corpo feminino, Lorde defende a necessidade de enfrentar a perda física, que tão prontamente as próteses ocultam e silenciam, pois os sentimentos precisam de ser verbalizados para serem reconhecidos, respeitados e utilizados. Um testemunho poderoso e inspirador que dá visibilidade e força às mulheres com cancro e propõe uma reflexão profunda sobre a vida, o luto, a luta e a incansável busca por justiça.